• sexta-feira, 2 de setembro de 2022
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Comenda Professor Antônio Grecco homenageia grandes nomes do esporte guaxupeano

Evento aconteceu no Teatro Arlete Souza Mendes na noite desta quinta-feira (01/09)

Comenda Professor Antônio Grecco homenageia grandes nomes do esporte guaxupeano

 
O dia primeiro de setembro é tradicionalmente uma data para homenagear grandes nomes do esporte guaxupeano. Ela marca o dia do profissional de educação física e por isso, todos os anos, acontece neste dia a entrega da Comenda Professor Antônio Grecco, que homenageia aqueles que se destacaram neste setor, assim como o esportista que nomeia a condecoração.
Este ano oito personalidades foram homenageadas. São elas:
 
Carlos Henrique de Carvalho – in memorian
Carlos Henrique de Carvalho, popularmente conhecido como Dr. Carlos, foi um dentista apaixonado por futebol. Nasceu em 28/09/53, na fazenda Três Barras, em Muzambinho. Desde menino acompanhava os times amadores da cidade e da zona rural, onde jogava futebol com seus amigos. Aos nove anos sofreu um acidente que comprometeu uma de suas pernas, o problema evoluiu até desenvolver osteomielite, fazendo com que tivesse uma dificuldade na locomoção. Com isso não pode mais jogar futebol e decidiu acompanhar o esporte que amava de outra maneira. Na beira do campo e como dirigente esportivo. Logo se mudou para a cidade, onde mantinha a tradição de ajudar as equipes amadoras.  Prestou vestibular e foi estudar odontologia em Alfenas, se formando em 1978, quando se mudou para Santa Bárbara d´Oeste, no interior paulista. Ficou pouco tempo e voltou para Muzambinho, onde chegou a ser treinador da seleção da cidade, em um campeonato regional em Juruaia. Ajudava as equipes com uniformes e materiais para treinos e jogos, além de ser treinador de alguns deles. Em 1998 assume os treinos de futebol dos garotos da AABB, em Guaxupé, por lá ficou dois anos, todo domingo de manhã. Após todo esse envolvimento com o futebol foi convidado para ser vice presidente do Esporte Clube Mogiana, junto daquele que viria a ser seu grande parceiro no esporte, Roque Antônio Ricciardi, o Alemão. Ficou 16 anos à frente do Mogiana, entre vice-presidente e presidente da entidade. Foi campeão municipal, disputou campeonatos regionais e manteve as categorias de base sempre agitadas, contratando treinadores capacitados para a função, dentre eles, Carioca, Itabirito, Diguita e Emerson Alemão. Com sua credibilidade, sempre buscou patrocínios para ajudar a custear as despesas do time, além de usar muitas vezes recursos próprios. Recursos esses, que também eram usados para fazer a festa das crianças todo ano, no dia doze de outubro. Mesmo tendo vivenciado o futebol a vida toda, seu grande feito enquanto dirigente do Mogiana foi conseguir a iluminação do campo de futebol. Dr Carlos foi casado com Dézia Maria de Oliveira e teve os filhos Carlos Henrique Carvalho Junior e Rafael Henrique.
 
Marcelo Donizetti da Silva – in memoriam
Nascido em Guaxupé, em 15 de dezembro de 1971, Marcelo “Santista”, como era conhecido foi um líder comunitário que fazia ações sociais voltadas para o esporte. Com sua força de vontade e paixão pelo futebol fundou no início dos anos 2000 a equipe de futsal de base, Furacão FC, na quadra de esportes do Parque dos Municípios 1.
Em paralelo, comandava a equipe de futebol adulto com o mesmo nome. Para comandar as equipes custeava todo material com recursos próprios e em algumas vezes recebia doações de amigos que fez em prol da nobre causa. Os treinos na quadra do parque, ocorriam de forma ininterrupta, todos os domingos as 8 horas da manhã. Cerca de 50 crianças participavam do treino e obedeciam a Marcelo, que era rigoroso com os comandados. Após alguns anos o filho Felipe se tornou seu auxiliar e ajudava o pai com a garotada e com o time, em competições. Todo domingo, após os treinos as crianças recebiam lanches, que Marcelo ofertava de forma gratuita. Marcelo se preocupava com a socialização da criançada e os levava para fazer amistosos fora de Guaxupé, custeando a viagem de van. Com anos de treinamentos e jogos, o Furacão FC foi vice campeão do Campeonato Comercial e Industrial na categoria sub10, em 2015, além de conquistar o troféu de equipe mais disciplinada da competição. Disciplina era um dos carros chefes do treinador que usava o projeto social para formar cidadãos. Todo ano, no dia 12 de outubro fazia a festa das crianças na quadra do Parque doa Municípios 1. Faleceu  em 2021, vítima da covid-19. Durante muitos anos foi casado com Sandra com quem teve seu único filho, Felipe.
 
 
Valter Barone – in memoriam
Valter nasceu em Muzambinho, em 05 de novembro de 1950. Desde muito novo foi apaixonado pelo futebol e sempre estava envolvido nos times da comunidade local. Após anos atuando em times amadores, decidiu fundar o seu time, onde ficou conhecido como “Valter do Vasquinho”. Nesse time comandava os treinos todo domingo no período da manhã e de tarde, sem falta!
O campo virou a casa do Vasquinho e Valter cuidava de tudo, com autorização dos proprietários e ajuda dos amigos Carlinhos, Toninho, Celso e outros. De 1993 até meados de 2019 lá era sua segunda casa. Vivia pelo time e não media esforços para manter uniformes, coletes e bolas, que comprava com recursos próprios e ajuda de patrocinadores incentivadores do esporte. “Seu” Valter era verdureiro e tinha uma kombi que usava pra transportar materiais e atletas para jogos e treinos. Por algumas vezes chegou a disputar os campeonatos municipais de Guaxupé, além de viajar para realizar amistosos. Dizem que o auge do Vasquinho foi entre os anos 1995 e 1997, quando muita gente ia para o campo domingo pela manhã para jogar bola e depois se reunir com amigos. Valter foi um daqueles que viviam o futebol, um ícone do esporte veterano, por muitos anos incentivou o futebol entre jovens e adultos, incluindo-os em uma vida saudável e longe das drogas. Não perdia um jogo na televisão e sua felicidade era comandar a equipe que fundou e amou, o Vasquinho. Foi casado com Antônia de Fátima Barone, teve os filhos Mércia, Marcelo, Michelli e Valter Junior, os netos Daniel e Natália, além do bisneto Cauã. Faleceu em outubro de 2021, em decorrência da covid-19.
 
 
Antônio Carlos Miguel
Nascido em Ouro Preto, em 05 de setembro de 1964, filho de Américo Miguel e Araci Brígida Ferreira Miguel. Antônio e seus dois irmãos, José Carlos e Luis Carlos foram criados aos cuidados da avó materna, Dona Messias, na cidade de Itabirito, pela qual tem um imenso carinho e gratidão. Aos oito anos de idade começou a jogar futebol, no mesmo campo que jogou o mestre Telê Santana, na equipe do Itabirense, com o “Seu Kito”.  Atuou pelo União Esporte Clube, aos comandos de “Seu Cuíca” e Usina Esperança. No fim dos anos 70, aos quinze anos, disputou o campeonato mineiro “Dente de Leite”, enfrentando as grandes equipes de Minas Gerais, Atlético Mineiro e Cruzeiro. Antônio Carlos era centroavante. Já como zagueiro, recorda com carinho o bi campeonato da Taça Januário Carneiro, nos anos de 88 e 89.
Em 1992 chega em Guaxupé para trabalhar como técnico de segurança do trabalho, na Cooxupé. Muito ligado ao futebol, logo se “enturmou” com esportistas locais e começou a atuar como atleta em equipes de Guaxupé. Como atleta jogou nos times da Cooxupé, Exportadora, Giro Kent, Mogiana, Guaxupé Country Club e Bengala. Em 1998 foi trabalhar no SESI como segurança do trabalho e nas horas vagas ajudava (com o incentivo do Tenente Pádua e Zé Calicchio, participou da organização dos jogos da AMOG e das Olimcats) e viajava com as delegações esportivas, em treinos e competições fora de Guaxupé. Em uma dessas viagens, a pedido da amiga Norma Mocarzel, a quem tem muita gratidão, sagrou-se campeão mineiro de futsal feminino em Juiz de Fora, pelos jogos do SESI. A partir daí começou a comandar equipes amadoras na cidade, onde acumulou títulos e amizades. Foi campeão da AMOG no futsal feminino por dez anos seguidos, o que lhe rendeu uma parceria com o Unifeg e bolsa de estudos para as atletas. Em 2011 foi campeão da Eptv de futsal feminino, conquista que é recordada com muito carinho e emoção até hoje. Com o futebol masculino também foi destaque, bi campeão da Copa Guaxupé e bi campeão da AMOG, comandando o Guarani Futebol Clube, além de ser campeão masculino no futsal adulto, comandando equipes como Giro Kent, SESI e Mogiana. Com tudo isso, foi convidado a fazer parte do projeto “Criança Esportiva”, no início dos anos 2000. Era treinador da categoria infantil, onde disputou diversos campeonatos e amistosos pelo Estado de São Paulo. Nessa mesma época criou o programa “Imagens de Esporte” com o amigo Carlinho Militão e também o prêmio “Destaque Esportivo”, que visava homenagear os melhores atletas do ano em Guaxupé. Com toda experiência adquirida no meio esportivo, foi convidado pelo amigo Zé Calicchio para participar do desenvolvimento das copas das escolinhas licenciadas pelo São Paulo Futebol Clube, ajudando a desenvolver atletas de várias idades, em diversas sedes, como: Porto Feliz, Curitiba, Brasília, Poços de Caldas e no CT de Cotia, na capital paulista. No ano de 2017 fundou o projeto “Aqui Cuidamos dos Nossos”, na quadra esportiva da Vila Conceição, bairro onde mora. O intuito do projeto é socializar as crianças do bairro e utilizar o espaço público de maneira correta e eficaz, promovendo a educação, cidadania e esporte. Em 2019 foi contratado pelo Guaxupé Country Club para comandar os treinos do “baby fut”, voltado para crianças até 5 anos.
Hoje, além do projeto social, “Itabirito” é conselheiro tutelar em Guaxupé e presidente do conselho municipal de assistência social.
 
 
José Aureliano da Costa
Nasceu em Jardim do Seridó, Rio Grande do Norte, em 12 de agosto de 1964. Recorda que já assistia a corrida de São Silvestre aos quatro anos de idade. Cresceu sonhando em ser corredor. Aos dezoito anos tentou correr a famosa corrida, porém sem sucesso. Não desistiu e começou a treinar sozinho. Corria pelas ruas buscando melhorar seu condicionamento e estar preparado para quando suas oportunidades surgissem. Em 1991 chega em Guaxupé para trabalhar na Cooxupé, após indicação de amigos. Com um problema de saúde grave e problemas respiratórios, começou a correr para melhorar a respiração. Em 1997 após ser conhecido na cidade através da corrida de rua, foi convidado pelo Tenente Pádua a correr nos jogos da AMOG, porém machucou o joelho e não pode participar. Se recuperou e no dia 01 de maio de 1999 disputou sua primeira corrida, chegando em 2° lugar na categoria “veteranos”. No mesmo mês correu os 42km e 195 metros da maratona de São Paulo, fazendo o tempo de 3 horas, 40 minutos e 03 segundos. Ainda em 1999 realizou seu grande sonho e correu a primeira São Silvestre de sua história, que depois só seria interrompida em 2020, em decorrência da pandemia da covid-19. Na primeira vez que competiu na maratona mais famosa do brasil, Zezão fez o tempo de 01 hora e 01 minuto, marca que recorda com grande carinho. Em 2002 conseguiu sua melhor colocação, sendo o número 446 na chegada, numa competição com vinte mil corredores. Zezão conta que quando começou a correr não havia tantos profissionais dedicados a corrida, e as informações não eram de fácil acesso. Para poder se preparar e aprender, estudava na revista “Contra Relógio”, que tinha dicas de corrida e orientações para atletas. Afirma que correu em mais de 100 competições, entre elas estão: Meia Maratona/RJ, Volta da Pampulha/BH, Volta ao Cristo/Poços de Caldas, 1° Corrida do Trabalhador em Sertãozinho/SP – Maria Zeferina Baldaia, entre outras. Em Sertãozinho atingiu seu recorde pessoal nos 10 quilômetros, terminando a prova em 37 minutos e 14 segundos, em 2008. Correu também a Maratona de Revezamento do Aterro do Flamengo, Meia Maratona de Limeira, na qual foi campeão na categoria 50/54 anos, em 2018, com o tempo de 01 hora e 33 minutos. Também foi duas vezes campeão dos jogos da AMOG, categoria acima de 35 anos, nos anos de 2000 e 2010. Com toda vida dedicada à corrida, acumula mais de cem troféus em sua galeria de títulos (pódio de 1° a 3°) e mais de 480 medalhas (atualizado em 2020). O próximo objetivo é correr a Ultramaratona, que conta com 100 quilômetros de trajeto.
Hoje é o atleta de corrida mais experiente em atividade em Guaxupé. Pensa que uma caminhada já é o suficiente para melhorar a qualidade de vida. Zezão é casado com Irene e tem os filhos Tiago e Gabriel.
 
 
Luiz Antônio de Simoni Prosperi
Natural de Guaxupé, Luiz Antônio nasceu em 25 de setembro de 1956. Sempre muito ligado ao futebol chegou a treinar nas escolinhas do professor Antônio Grecco, mas notou que não era a “sua praia”. Alguns de seus grandes amigos de adolescência em Guaxupé jogaram na esportiva, time que é torcedor fanático. Visando um meio de permanecer no mundo do futebol, foi estudar jornalismo e saiu de Guaxupé aos 16 anos. Iniciou o curso na PUC, em Campinas, onde foi estagiário de um jornal. Concluiu o curso na mesma PUC, só que no Rio de Janeiro.
Em 1984 começou a trabalhar no jornal “Estadão”, no departamento de revisão e em 1985 na redação do Jornal da Tarde. No Estadão ficou por 32 anos e no Jornal da Tarde por 27 anos, de forma simultânea. Prosperi escreveu sobre tudo e sobre todos, mas as coberturas das copas do mundo, sem dúvida foram suas grandes experiências. Na copa do México, em 1986 ficou no Brasil e fazia redações e pautas para os jornalistas que foram cobrir a copa na América Central.
Em 1990, na copa da Itália, acompanhou pela primeira vez uma copa “in loco”, com um sentimento especial por ser o país de origem de seus antepassados. Ficou a cargo de acompanhar algumas seleções, entre elas: Inglaterra, Holanda, Camarões e a Argentina de Maradona, que foi a finalista. Na copa de 1994, nos Estados Unidos tinha a missão de “seguir” os passos de Carlos Alberto Parreira, treinador da seleção brasileira, conquistando sua admiração e simpatia. Podemos dizer que Prosperi foi pé quente, pois o Brasil conquistou o tetra campeonato, após vinte e quatro anos sem levantar a taça da copa do mundo. Em 1996 noticiou em primeira mão para todo o brasil o contrato da CBF com a Nike. Em 98, na França, sentiu de perto a comoção e a pressão em cima de Ronaldo “Fenômeno”, até a convulsão no jogo final contra os donos da casa. 2002 foi a primeira copa na Ásia, sediada por Coreia do Sul e Japão. Prosperi estava lá e pela primeira vez a imprensa ficou no mesmo hotel que a Seleção Brasileira. Durante os treinamentos, deu um furo de reportagem para todo o Brasil. Juninho Paulista seria titular na estreia, segredo que Felipão guardava com a comissão técnica. Prosperi acredita que a confirmação das convocações de Ronaldo e Rivaldo foi o “divisor de águas” para a seleção conquistar o Penta Campeonato Mundial, uma vez que os dois eram dúvida, devido a lesões antes da copa. No retorno ao Brasil, parte da imprensa voltou no mesmo avião que a seleção e Prosperi tirou uma foto com a taça da copa. Seguiu acompanhando de perto todas as copas, até a última em 2018. Dentre elas guarda uma grande tristeza, a derrota por sete a um da seleção brasileira para a Alemanha, em 2014, no Brasil. Além das coberturas de copas do mundo, também fez participações em programas esportivos da Rede Globo, entre eles, o Arena Sportv. Mas se engana quem pensa que a vida de jornalista esportivo de Luiz Antônio foi falar só de futebol. Acompanhou de perto a trajetória de vitórias do ícone Ayrton Senna, esteve presente no primeiro GP de Fórmula 1, em Interlagos e também cobriu de perto todo o cortejo após a morte de Senna, em 1994. Guarda consigo uma cena marcante, os grandes pilotos da época carregando o caixão do ídolo brasileiro. E fez algo diferente de toda a imprensa na época, entrevistou os coveiros que tiveram a difícil missão de sepultar Senna. Mas conta com alegria que um mês antes do fatídico acidente, entrevistou Ayrton Senna, em um dos últimos encontros. Hoje é aposentado e mora em São Paulo, tem projetos de blogs esportivos e podcasts. É casado com Rosemeire e tem o filho João Luis.
 
 
Norma Ramos de Oliveira Mocarzel
Norma nasceu em São Paulo, em 05 de agosto de 1962. Desde os oito anos de idade praticava esportes na escola, onde treinou futsal, handebol, vôlei e natação. Começou a se destacar e logo integrou as equipes de vôlei do Juventus e do Nacional, para disputar o Campeonato Paulista. Também foi atleta do Paulistano e da Pirelli, quando foi treinada pelo multicampeão José Roberto Guimarães, que futuramente seria o treinador da seleção feminina de voleibol.
Com a paixão pelo esporte ingressou na faculdade de educação física em Mogi das Cruzes e logo se tornou treinadora das equipes adultas da faculdade. No mesmo período começou a trabalhar na escola Indianápolis, como professora de educação física para crianças com necessidades especiais, local onde ficou por sete anos. Também trabalhou no Colégio São Sosé, em São Paulo. Antes de chegar em Guaxupé trabalhou dois anos na Apae em Ribeirão Preto, como professora de educação física. Em 1992 vem para Guaxupé e trabalha por três anos na Apae local, antes de iniciar sua trajetória pelas escolas do município. Trabalhou no Polivalente, no Ginásio, Escola Nossa Senhora Aparecida, Major Luiz Zerbini e também em Guaranésia. Sua vida escolar durou vinte e um anos, quando se aposentou em 2021. Durante as aulas em escolas estaduais, Norma também trabalhou no SESI, depois de ser indicada pela amiga Mara Borges. Na instituição deu aulas de vôlei, na pré-escola e também foi coordenadora. Com toda essa experiência foi convidada para ser treinadora de natação e vôlei do Clube Operário, além de coordenadora de esportes, até o ano de 2016. Lembrando dos títulos conquistados, Norma cita as conquistas dos jogos abertos do interior, em Araçatuba, na época da faculdade. Jogos estudantis nas etapas regionais, na época das aulas em escolas e o tri campeonato nos “Jogos SESI”. Norma é amplamente agradecida à família por tudo que fez na educação física. Fala com emoção do apoio do marido na profissão e se sente realizada com as conquistas esportivas das filhas, das quais chegou a ser treinadora. Casada com Everson Luis Mocarzel, tem as filhas Mônica e Jéssica.
 
 
Roberto Stampone Júnior
Roberto é natural de Guaxupé. Filho de Roberto e Salete, nasceu em 07 de setembro de 1981.
O primeiro contato com esporte veio de seu pai que era árbitro de futebol e queria que o filho jogasse na equipe do Planalto, mas Roberto não se interessou pelo esporte, pois não tinha afinidade com a modalidade. Mas no ano de 1994, Roberto era estudante no Ginásio e durante uma aula, uma pessoa foi convidar os alunos para treinar basquete no Poliesportivo. Essa pessoa era o professor Marcos Buléd. Incentivado por mais dois amigos resolveu ir aos treinos, gostou da modalidade e integrou o time da cidade que disputava os campeonatos na região.
Lembra com muito carinho da primeira competição que participou por Guaxupé. Foi um Jojuninho na cidade de Poços de Caldas, pois mesmo ainda não estando convencido de que o basquete era o seu esporte preferido, teve muito apoio do técnico “Tio Marquinhos” mudando totalmente o rumo da vida de Roberto, pois o treinador além dos treinos, também conseguiu uma bolsa na academia Corpus, para fazer musculação e melhorar ainda mais seu condicionamento físico. Devido a somatória de esforços e suas boas atuações no basquete, recebeu convites para treinar em algumas equipes fora de Guaxupé, onde teve o prazer de conhecer o treinador Emerson Luis de Souza, atual treinador de Campo Mourão na NBB e atuar como seu atleta. Roberto permaneceu no basquete de Guaxupé como atleta até completar 18 anos. Mas em paralelo ao basquete, no ano de 1995 conhece o hapkido através do amigo Henrique Aleixo, na academia Corpus. Após alguns treinos, recebeu uma bolsa atleta do mestre Jeberson Clayton Vancini, o que o motivou a permanecer nas artes maciais.
Pelo hapkido, Roberto alcançou algumas honrarias e títulos, tais como: bicampeão brasileiro, tetracampeão interestadual e tricampeão mineiro, além de integrar a seleção brasileira de hapkido – IHF, indicada duas vezes para a disputa do campeonato mundial na Coreia do Sul.
Em sua trajetória, fez parte do Conselho Diretor da Federação Mineira de Hapkido IHF e da diretoria da International Semokwan Federation, participando como membro da comissão organizadora do primeiro seminário internacional de hapkido IHF do Brasil, reunindo participantes do mundo inteiro, incluindo a ilustre presença de Ko Ju Sik – atual vice-presidente e diretor técnico da International Hapkido Federation – a maior organização de hapkido no mundo. Roberto ainda foi cofundador do Guttem (Grupo Tático de Técnicas Militares), onde ministrou cursos e seminários para unidades militares do Sul de Minas e Sudoeste de São Paulo, recebendo homenagens dos batalhões da Tropa de Choque de Passos e São Sebastião do Paraíso. Como professor de hapkido, ministrou aulas em Guaxupé, São José do Rio Pardo e Guaranésia, entre outras, sendo que em Guaranésia foi idealizador e executor de um projeto social onde mantinha cerca de 180 crianças praticando artes marciais no contra turno. Em 2010 fez parte do time de treinadores da primeira equipe de MMA de Guaxupé. Realizando juntamente com a equipe Pride, o primeiro evento oficial de MMA na nossa cidade, o Arena Fight. Atualmente possui várias graduações sendo as principais o 1° DAN em Tukkon (arte marcial das forças especiais do exército Sul Coreano), 2° DAN em Hangumdo (arte marcial de luta com espadas), 3° DAN em Hamkido (arte marcial de torções e imobilizações), além de ser indicado este ano de 2022 para seu 5° DAN de hapkido pela World Sport Hapkido Federation. Hoje Roberto é diretor técnico do Instituto Nacional de Hapkido bem como instrutor nacional de faixas pretas da Hapkido Vancini, além de ser mestre de hapkido na Academia Escola da Luta, em Guaxupé. Com todo esse envolvimento na área esportiva, decidiu prestar vestibular para educação física. Foi aprovado e iniciou o curso em Muzambinho, no ano 2000. Em 2004 se forma e em seguida consegue sua primeira pós graduação, em Treinamento Individualizado. Em 2005 vem a segunda pós, dessa vez em musculação. No ano de 2007 assume a sua vaga no concurso público de Guaxupé, para o cargo de treinador de basquete, sendo que no mesmo ano conquista o título de campeão da Jamog atuando como técnico e atleta. Durante os anos realizou vários cursos como técnico de basquete, conhecendo pessoas como Dr. Osmar de Oliveira, Marcel de Souza, Diego Falcão, Hortência Marcari, Magic Paula, Lula Ferreira, Oscar Schmidt entre outros mestres da bola laranja. Roberto à frente do basquete de Guaxupé, foi campeão regional com várias categorias em competições estudantis, bem como em campeonatos da Lidarp e da Jamog. Também foi campeão de handebol do Jimi (Jogos do Interior de Minas) algumas vezes como técnico do masculino e outras do feminino, modalidade que não é a sua especialidade. Mas em 2013 uma notícia triste interrompe por algum tempo sua trajetória, descobre um câncer que exigiria tratamento rigoroso com cirurgia e radioterapia em Belo Horizonte, fazendo Roberto se afastar das quadras. Com o apoio da família e dos amigos, Roberto supera a doença e volta a trabalhar, se tornando em pouco tempo campeão invicto de basquete no Joju sub 17 (Jogos da Juventude), competição mais forte do sul e sudoeste de Minas. Contudo infelizmente em 2018 outro câncer atrapalha seus planos e mais uma vez, com o apoio de sua família e amigos, ele supera a doença. Após o tratamento, retorna às quadras para se tornar campeão da etapa microrregional do Jemg (Jogos Estudantis de Minas Gerais), e campeão do Joju sub 23. Roberto é um exemplo de superação e mesmo nos momentos difíceis, se preocupava com as equipes, com treinamentos e com as competições no futuro. Paralelamente a tudo isso, em 2011 presta o concurso para professor de educação física do Estado, iniciando em 2013 as aulas no Queridinha, depois em 2015 no Ginásio e em 2018 no Polivalente, onde está até o momento. Roberto faz questão de citar que tudo isso que conquistou, não seria possível sem o apoio de várias pessoas, as quais seria impossível citar aqui, mas em especial a seus amorosos e dedicados pais Roberto e Salete, suas incentivadoras Maria Teresa Stampone e Nelma Pacheco, seu treinador de basquete Marcos Buléd e seu mestre Jeberson Vancini. Pessoas pelas quais tem uma gratidão eterna.
 

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